Charming Green (Approved Project)
850.000,00 €

Charming Green (Approved Project)

A presente memória descritiva ao Projeto de Licenciamento, com vista à construção de um empreendimento turístico com a classificação de Hotel de quatro estrelas, com 36 unidades de alojamento, 34 quartos duplos e 2 suites com um total de 72 camas fixas e 36 camas suplementares, a implantar num terreno situado na Canada de João Whilton, freguesia de Toledos, concelho de Madalena na Ilha do Pico.

Este empreendimento foi alvo de um processo de licenciamento, apresentado na C.M. da Madalena durante o ano de 2014, colhendo o parecer positivo.

Situação existente: Alçado Principal do conjunto edificado – Casa Conventual e Adega.

O projeto apresentado foi desenvolvido segundo uma filosofia arquitetónica contemporânea e visa a construção de uma unidade hoteleira sobre um terreno com 9.680,00m2, onde se encontra um conjunto edificado de valor arquitetónico, designado no Inventário do Património Imóvel dos Açores, como Casa Conventual dos Jesuítas datada do início do séc.. XVIII, a casa era constituída originalmente por uma área de caracter habitacional em dois pisos e um conjunto de dependências agrícolas, composta por uma adega, com lagar, dispostos em torno de um pátio de forma rectangular.

O edificado existente revela uma qualidade arquitetónica que se pretende reabilitar de forma a permitir a sua adaptação a uma nova temática funcional proposta, numa perspectiva de valorização do património construído da ilha do Pico.

Neste sentido, a intervenção proposta baseia-se na ideia de promover uma oferta turística de qualidade, reabilitando o património construído que se encontra em degradação e recuperar a potencialidade agrícola do terreno envolvente com a (re)plantação de vinhas.

De resto, importa sublinhar que o conceito temático desta unidade turística assenta nestes três âncoras, a história da casa, a actividade vinícola e as vistas panorâmicas que o terreno nos proporciona sobre a montanha do Pico e sobre o canal com o Faial em cenário de fundo.

Pretende-se assim, que a construção deste empreendimento turístico garanta uma boa integração paisagística na realidade territorial envolvente, não só pela sua sustentabilidade no processo de reabilitação do edificado construído através da refuncionalidade de recursos existentes, bem como contribuir para o crescimento de unidades turísticas de pequena dimensão, mais humanizadas e com uma maior interligação com a ruralidade açoriana.

A reconstrução do edificado existente contempla a sua recuperação integral, com vista a adaptar o espaço disponível a funções de carater social, nomeadamente ao nível do piso térreo que foi projetado uma zona de restauração sobre a temática do vinha e da importante desta atividade agrícola na paisagem envolvente.

Ao nível do piso superior, projetamos uma sala de estar adjacente a uma sala de conferências e servidas por um núcleo de instalações sanitárias de apoio.

No edifício adjacente implantado no lado oposto do pátio principal de entrada na propriedade pretende-se recuperá-lo tanto a sua volumetria como reabilitar o lagar, numa otica de valorização das estruturas relativas à cultura da vinha.

Será previsto ainda, ao nível do piso térreo do edifício principla, a criação de compartimentos destinados ao serviço de cozinha e a construção de um pequeno volume, na fachada poente, que assegurará a continuidade do balcão situado na fachada norte e integrará a restante estrutura relativa à cozinha e as instalações sanitárias de apoio aos utentes.

Ao nível do piso superior será previsto a manutenção do volume existente onde se desenvolverá duas salas de estar com acesso para o exterior através dos balcões existentes.

Trata-se de um edifício projetado segundo uma filosofia de intervenção contemporânea materializando um objeto arquitetónico de desenho simples e objetivo com base num programa funcional estabelecido pelo requerente e, de acordo com as normas técnicas e regulamentares em vigor para este tipo de equipamento.

Neste edifício projetou-se trinta e quatro quartos duplos e duas suites distribuídos por três pisos, assim como todas as áreas destinadas aos serviços necessários a este tipo de empreendimento, com exceção da zona de cozinha, que conforme descrito anteriormente se localizará no edifício a recuperar.

O piso inferior desenvolve-se parcialmente em cave e será ocupado por compartimentos técnicos, serviço de tratamento de roupa e uma zona destinada aos funcionários que integra as respetivas instalações sanitárias, diversas zona de armazenagem e ainda uma zona de estacionamento para cardas e descargas de produtos de abastecimento desta unidade hoteleira.

Na restante área, prevê-se a criação de um espaço dedicado a atividades de lazer e relaxamento que integra uma zona de receção, uma sala de ginásio, duas salas destinada ao serviço de massagens, um espaço Hamam que integra sauna e instalações sanitárias e balneários de apoio aos utentes.

Neste piso será ainda previsto um conjunto de quartos duplos com acesso individualizado à área ajardinada exterior apoiados por acessos internos verticais como escadas e elevadores destinados ao uso dos utentes em geral e pessoal de serviço respetivamente, conforme solução apresentada nas peças desenhadas em anexo.

O piso térreo constituirá o principal acesso público do empreendimento através de um pequeno largo exterior e onde será desenvolvido a área de receção e respetivos espaços de apoio e administrativos, instalações sanitárias para ambos sexos e um compartimento destinado a pessoas com mobilidade condicionada, e uma sala de refeições para serviço de pequenos-almoços com um espaço integrado para serviço de bar e cafetaria com acesso às instalações da cozinha através de um pequeno volume exterior que estabelecerá uma ligação entre o volume proposto e o edifício existente.

Este piso concentra o maior número de quartos duplos previstos nesta intervenção, encontrando-se dispostos na direção Nascente e Poente, com vistas sobre a montanha do Pico e sobre o mar e a Ilha do Faial.

Será previsto um quarto dimensionado para receber pessoas com mobilidade condicionada, de acordo com as normas regulamentares em vigor.

Propõe-se a recuperação das estruturas relativas aos currais de vinha executados em pedra de basalto local arrumada à mão, e a execução de pavimentos em gravilha basáltica compactada para utilizar, na generalidade em percursos pedonais e na zona de estacionamento.

Nos trajetos acessíveis por pessoas com mobilidade condicionada será executado pavimentos que garantem um comportamento estável e com superfícies regulares, sendo proposto em geral a utilização de betonilha afagada.